Por Viveca Santana
Me deixa descer
dessa roda gigante
não tem arco
nem barco
que me leve a cair
É meu o apelo
do zelo
do encontro
de todo desconto
das coisas pra ter
Me deixa descer
ter vento no rosto
escutar passarinho
ouvir bem de manso
o jeito do mar
Me deixa descer
sentir com o gosto
a graça do toque
de pôr pés no chão
Descobrir a delícia
das coisas mundanas
do gozo
do cheiro
de um cafuné
Me leva sem trégua
sem costume
descalço
sem a cor do negrume
da vida por lá
Só não me deixa sozinho
(a vida lá sei que é dura)
sem prosa
sem verso
e demora a passar
Sei do tal desencontro
do impulso
do excesso do gesto
da dor que a vida dá
Mas quero assim mesmo
o aperto do abraço
o laço
o acaso
que a gente se prendeu
10 comentários:
Humm..é só colo,prêta..haha
Então essa é a versão valendo!? Pode mandar ver!?
beijo!
dá-lhe vizeca espanca lispector...
Excelente Veca.
Drummond se orgulharia de você.
Bj.
Que bonito.
Gostei. :)
muito boa, vi, se essa é a primeira, imagino as pérolas que virão! Continue, garota, vc leva jeito. Grande beijo, c.
Gostei miga... muito linda a poesia
Oi Viveca,
que lindo isso!
adorei tudo aqui e virei fã.
muito legal seu blog.
ps. amo kings of convenience!
um bjo
Pat (lado B)
"Mas quero assim mesmo
o aperto do abraço
o laço
o acaso
que a gente se prendeu"
É o que eu ando querendo também. Absurdamente.
ei, nem sabia das suas palavras! que bonito.
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