sábado, 2 de agosto de 2008

Plágio

"As nossas cidades ruins formam o nosso caráter, se adequam à nossa inadequação e se tornam a nossa peculiaridade. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Não sou daqui, mas é como se fosse.
Agora que surge a possibilidade real e incerta de finalmente sair, nem é ainda uma fotografia na parede, e já dói.
A minha cidade tem um nome feio, mais feio que o meu, não tem o charme de uma cidade pequena, nem é uma cidade grande, uma cidade no meio do caminho, como eu."

5 comentários:

Christiana Fausto disse...

Lindo, viveca, essa doeu fundo, mesmo q ainda não esteja na parede. Quero notícias dessa possível e incerta saída. Q papo é esse? Grande beijo, c.

Anônimo disse...

Pois é...
O engraçado é que no seu caso, Drummond se aplica ao contrário:
"Tinha um caminho no meio da pedra. E suas retinas esqueciam que há uma vida fatigada."

Vou te emprestar um livro que vc vai curtir. Cidades invisíveis.

Anônimo disse...

... :) É isso ai. Venho aqui todos os dias. posta outra?

Madame Natasha disse...

Poxa, e eu nem li o livro do Calvino, lerei.

:O*

Marcos Siqueira disse...

belo plágio!