segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Torta de maçã


por Viveca Santana

Tenho escutado algumas coisas legais depois que perdi o preconceito de ouvir.
Na verdade, eu já conhecia a americaninha Fiona Apple em um dia longíncuo, zapeando com o controle remoto em alguns canais de música – pude ver um dos seus vídeos, Criminal, em que ela, magrinha e indefesa faz o tipo “sou bem vagabunda quando posso ser” (esse dirigido por Mark Romanek, um dos tais da comunidade cool rock n´roll).
É fácil curtir a cantora com o seu estilo bacana/sacana que faz música já que é bem entendida na coisa (a figura toca piano clássico desde seus 8 anos, dizem).
Fionna Apple aparentou ser um daqueles casos de fama explosiva, "cantora do momento", " nova diva da música" e outros títulos que a indústria fonográfica cria, como foi a Alanis Morissette e a Norah Jones (ganharam Grammy, ficaram ricas, apararam as pontas dos cabelos e que cultivaram um público feliz com sua obra - aqueles fãs que num show são capazes de chorar e exibir um cartaz cor de rosa, bem sem-vergonha – apesar da Norah Jones fazer o tipo fina, educada e com admiradores – fãs nunca! e ter uma voz muito boa, eu admito) .
Os críticos de vez em quando acertam e por total curiosidade, eu voltei a ouvir a Fiona Apple depois de uns 4 anos. Com 3 cd´s lançados por aí , o último “Extraordinary Machine” é considerado uma das melhores coisas para se ouvir ultimamente. “Tidal”, o primeiro, diferente, melancólico e doce (a própria Apple fez os arranjos de piano), não chega aos pés do atual, uma mistura de jazz-com-rock-e-com-blues; o cd todo daria uma ótima trilha para filmes antigos em p&b, ou para se dirigir na chuva, quem sabe (e tem que ser pra bem longe, já que o cd tem faixas longas e densas, me lembram até a delícia que é ouvir qualquer coisa da Billie Holliday ou da Nina Simone) ...
O som é diferente, introspectivo, há solos de piano e cello belíssimos e acaba sendo um boa pedida para curar a dor de cotovelo – a opção é comprar o cd e se não houver jeito de gostar, você pode oferecer para aquela namorada que está louca pra discutir a relação.

5 comentários:

Anônimo disse...

Vivi, eu já ouvi falar da fiona, mas nunca me importei muito por achar que ela seria mais uma daquelas explosões do momento... Apesar da voz dela ser sensacional!
Depois deste comentário posto por ti, me interessei em saber mais a respeito da carreira dela e dos discos, (sou curiosa tá!?), sei inclusive que o de 2005 dos três dela é o melhor... Só que existe duas versões dele não é?! Apenas uma está nas prateleiras... a outra só encontramos na net!
Vc tem os três cd's dela nega?!
Beijo

Anônimo disse...

seu comentario me deixou com vontade de ouvir os cds... faz tempo que nao ouco nada da fiona... keep on blogging vecs! beijo grande do seu amigo com saudade...

Anônimo disse...

Ela é òtima! tem umas letras um pouco "deprê" ...dizem que Fiona, quando criança, sofreu abusos, foi muito maltratada.....por isso aquele jeitão melancólico e desacreditado com mundo...

Vi, porcura na internet uma cantora chamada Emily Simon...é francesa...mais meiga que Fiona...mas é bem Bacana...Ela tem uma versão bala de "i wanna be your dog"

Anônimo disse...

fiona apple me dá sono.
muito sono.

;*

Anônimo disse...

Fionna realmente é "cool", mas também com a ajuda daquele clipe...mas você lembrou delas, elas não fizeram clipe e nem precisariam, a boa companhia de um whisky, um cigarrinho e aquele jeito de cantar que cada uma delas tinha...isso sim é ser cool sem precisar de efeito especial