Por Viveca Santana
Saíram os três naquele carro prateado, música alta para entorpecer, Sílvia com seu rosto tranqüilo de mulher moderna-amadurecida, Paulo com seu olhar crítico nos passantes da rua, (meio criador de cordel, meio personagem sertanejo), Aracy com olhar perdido, os dedos recebendo o vento da noite, corpo quase pra fora do carro, avessa ao que pudesse ocorrer.
Sílvia só queria amar, o amor que vinha daqui há dias, pensava na garrafa de champanhe que queria comprar, nos dotes que daria, nos olhares que receberia, no amor puro vindo de longe. Adorava sentir o cheiro de fotossíntese que as plantas faziam no fim de tarde.
Paulo era dado a discussões rápidas. Semântica, linguística, fonética, tudo se tornava miúdos e papos intensos, com direito a percepções etílicas e tapinhas nas costas.
Era um rapaz que levantava dúvidas e gargalhava sempre, queria criar a polêmica. Simples, mas complexo nos assuntos cabíveis, peleador nato das conversas filosóficas.
Aracy só queria receber o vento nos dedos. Tentava pegar parte dele e nunca conseguia. Gostava de luzes na sua retina, do gosto seco que a cerveja deixava nos lábios, a falta de lucidez e a possibilidade de enxergar tudo com as digitais catando o vento teimoso.
...
Continuaram os três pela cidade, amando, complexando de maneira simples a vida e tocando a brisa. Seguiram na noite de sábado, amigos, com suas minúcias e sem mais nada pra contar.
Saíram os três naquele carro prateado, música alta para entorpecer, Sílvia com seu rosto tranqüilo de mulher moderna-amadurecida, Paulo com seu olhar crítico nos passantes da rua, (meio criador de cordel, meio personagem sertanejo), Aracy com olhar perdido, os dedos recebendo o vento da noite, corpo quase pra fora do carro, avessa ao que pudesse ocorrer.
Sílvia só queria amar, o amor que vinha daqui há dias, pensava na garrafa de champanhe que queria comprar, nos dotes que daria, nos olhares que receberia, no amor puro vindo de longe. Adorava sentir o cheiro de fotossíntese que as plantas faziam no fim de tarde.
Paulo era dado a discussões rápidas. Semântica, linguística, fonética, tudo se tornava miúdos e papos intensos, com direito a percepções etílicas e tapinhas nas costas.
Era um rapaz que levantava dúvidas e gargalhava sempre, queria criar a polêmica. Simples, mas complexo nos assuntos cabíveis, peleador nato das conversas filosóficas.
Aracy só queria receber o vento nos dedos. Tentava pegar parte dele e nunca conseguia. Gostava de luzes na sua retina, do gosto seco que a cerveja deixava nos lábios, a falta de lucidez e a possibilidade de enxergar tudo com as digitais catando o vento teimoso.
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Continuaram os três pela cidade, amando, complexando de maneira simples a vida e tocando a brisa. Seguiram na noite de sábado, amigos, com suas minúcias e sem mais nada pra contar.
9 comentários:
pronto, comentei araci..pra variar, seu texto está óóótimo
bjs,
O.
ps.: queria etsra com o gosto de cerveja, o vento no rosto, escolhendo a champanhe e ouvindo paulo.
Aracy!!! adorooooooooooooooooooooo
pulando a parte dos elogios óbvios...
dolores queria muito estar nesse carro também.
rsrsrs!
muito familiar isso...
esse paulo parece comigo.
beijo!
A vida como ela é...
Cool.
O que tava rolando no som do carro?
Quem dirigia aquele carro prateado?
Aracy estava quase com o corpo para fora, desatenta, e com os dedos ao vento.
Paulo reparava muito nas pessoas que cruzavam o caminho do carro prateado.
Silvia é madura, tranquila, e queria que o tempo passasse cada vez mais rápido.
Minha conclusão é que Silvia estava no volante.
Quem dirige não fica com corpo para fora.
Quem dirige não repara muito no que passa ao redor.
Quem nunca dirigiu pensando no amor e sentindo o cheiro de um fim de tarde?
Bjão Veca
get your motor runnin'...
O vento, as folhas, o amor...
amigos sempre merecem os melhoers momentos...
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