Por Viveca Santana
Da minha parte nunca haverá raiva de nada. Nem da dúvida, nem da espera, nem do excesso de vontade.
É como se as coisas tivessem que ser. Tinha que suportar muita coisa, ainda. Esperar.
Meu mundo não é esse, meus dias estão contados nessa página amarela, sem graça. Na letargia viciada desse lugar.
Não que a vida reserve coisas espetaculares e grandiosas. Ou uma bicicleta verde para eu sair por aí pedalando com uma cestinha cafona cheia de flores. Ou a sorte de passar o dia com os pés na água, olhando pro nada, ouvindo alguma música simples. New Order, talvez. Ou Bob Dylan e sua gaita triste. Ou talvez reserve tudo isso, bem longe. Ou não. Ou sim.
- Que pessimismo você tem - alguém me disse dia desses.
- Você quer muito e tem tanta coisa aqui, olha como eu sou feliz - prosseguiu de maneira tão otimista, que enjoava. Era um Dalai Lama de livraria, provavelmente. Alguém com a aquele vidinha normal - a graça era tudo estar no seu lugar, não sair do lugar, não passar dos limites, no lugar de sempre.
E eu continuava ouvindo aquilo tudo de muitos outros altruístas, aceitando.
Contando os dias no calendário - ele todo riscado de vermelho forte, quase me mandando embora:
- Vai, querida. Anda !
Da minha parte nunca haverá raiva de nada. Nem da dúvida, nem da espera, nem do excesso de vontade.
É como se as coisas tivessem que ser. Tinha que suportar muita coisa, ainda. Esperar.
Meu mundo não é esse, meus dias estão contados nessa página amarela, sem graça. Na letargia viciada desse lugar.
Não que a vida reserve coisas espetaculares e grandiosas. Ou uma bicicleta verde para eu sair por aí pedalando com uma cestinha cafona cheia de flores. Ou a sorte de passar o dia com os pés na água, olhando pro nada, ouvindo alguma música simples. New Order, talvez. Ou Bob Dylan e sua gaita triste. Ou talvez reserve tudo isso, bem longe. Ou não. Ou sim.
- Que pessimismo você tem - alguém me disse dia desses.
- Você quer muito e tem tanta coisa aqui, olha como eu sou feliz - prosseguiu de maneira tão otimista, que enjoava. Era um Dalai Lama de livraria, provavelmente. Alguém com a aquele vidinha normal - a graça era tudo estar no seu lugar, não sair do lugar, não passar dos limites, no lugar de sempre.
E eu continuava ouvindo aquilo tudo de muitos outros altruístas, aceitando.
Contando os dias no calendário - ele todo riscado de vermelho forte, quase me mandando embora:
- Vai, querida. Anda !
12 comentários:
Vizeca,
Parabéns pela grandeza de vida. Almas sensíveis invariavelmente acham que falta algo, não se conformam com o "pouco" do dia a dia...Vá, querida!! se jogue!!! Nem que seja de bicicleta.
beijo no coração.
O.
Mudar de lugar não nos muda internamente. As vezes o lugar não influencia em nada. Porque o peblema somos nós mesmo. Como não enxergamos isso, fazemos todo tipo de mudança: saimos de casa, terminamos um namoro, começamos um curso, fazemos mais amizades, desistimos de outras, tiramos férias, vamos a uma festa... e continuamos procurando a cura de um problema. As vezes, somos o problemas. Vá querida, tomara que 'lá', vc encontre suas respostas.
Ou então, volte e veja que as perguntas continuam.
reconhecer q falta algo e' o primeiro sinal de inteligencia e essa inquietacao e' o combustivel para nossas mudancas
ps: desculpa pela falta de acentos '^~
Eu acho que vc tá se comendo por dentro.
Na moral...vamos deixar o discurso formal e platônico de lado e partir mesmo pra pergunta bruta, quase grotesca, que não se cala nunca:
Você é viada, porra?
Pronto.
Agora que a pergunta foi feita, me diga aí colé de mermo?
Quando tiver oportunidade quero te insultar e te encher de tapa na consciência. Você me entende e eu sei exatamente como pisar em seu pescoço.
Marque um café na hora do almoço pra gente sacanear os outros na Saraiva.
Muitas pessoas resistem a mudança, se apegam a coisas tão pequenas que para mudar um móvel de lugar é um drama. O ser humano para crescer, evoluir precisa mudar isso é inevitável, seja nas pequenas coisas como sentar em outra cadeira, andar pelo outro lado da rua ou até mudar de país é como disse Coffee jones "reconhecer que falta algo é o primeiro sinal de inteligência". O mais importante nesse período de mudança é a direção, não a velocidade, e se o problema for esse não se preocupe porque vc está no caminho certo! Seja ele qual for o importante é que vc deu o primeiro passo.
Dizer que não temos problemas seria uma grande hipocrisia, enquanto tiver perguntas sem respostas o que nos resta é continuar buscando, mas vivendo que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente ( ai Clarice que falta vc nos faz...rsrsrs).
Mas é isso amiga o recado foi dado acho que fico com Raul qd ele diz "Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo"
Vi,
O texto é bom. O pessimismo, não.
Beijos,
Rafa
Pra frente é que se anda
Devagar ou um pouco apressado
Ou, às vezes um pouco pro lado
Mas, quem é que te engana?
Há de haver sempre obstáculo
Quem promete só haver o bom e saudável
Precisa fumar um cigarro
Precisa tomar banho de chuva
Precisa respirar orvalho
E, Viveca, vê se me escuta:
Os dias caminhando sempre,
Para frente ou para os lados
Mas não se permita nem tente
Jamais ter seus dias parados.
Um beijo,
Del
o negócio é seguir sempre em movimento... não "like a rolling stone", sem rumo.. mas como "pedras que rolam e não criam limo!"
um grande beijo
Gostei do Laert...
To contigo cara!!!
Voa Vivecs!!!!!!!!!!!!!
Seus textos são profissas, menina.
Acho que vc é meio como eu: uma pessimista que na verdade espera coisas pra caramba da vida. Tantas, que dá até medo - e na hora que bate o medo é mais fácil ficar vendo a vida passar pela janela.
Enfim... se for isso, no dia que eu aprender a lidar c/ esse dilema, te falo.
Vamos continuar nos visitando. :)
Um beijo.
Vai querida, anda.
Anda forte, linda, plena, como só você sabe ser.
beijos
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