Por Viveca Santana
Meus dias na praia do Buracão acabaram.Talvez porque no inverno não tenha a graça do sol, da areia quentinha nos pés, porque meu alter ego foi-se.
Fico na minha palidez sem alma.
Acabaram as risadas sinceras de virar o rosto pra trás, numa alegria sem tamanho. Do jeito de se chamar de louca, de sair pelas ruas do Rio Vermelho fazendo amizade, pulando pelos bares com uma despretensão de continuar a vida, para ver uma segunda chegar.
Olhar no olho e sorrir por nada, só sorrir.
A espera do reencontro cansa, mas é uma espera cheia de esperança e saudade.
6 comentários:
Gostei muito desse, xará.
Um dos melhores.
Mesmo eu gostando de praia sem sol.
http://www.youtube.com/watch?v=5TosVvhiyXU
Pô Veca, que bonito isso.
É a vida né?
Chegadas e partidas.
Partidas doídas, mas necessárias.
Temos que praticar o desapego.
Somos egoístas, dependentes de certas pessoas.
Mas o importante, pelo menos p mim, é que dos que partiram, a amizade continua a cumplicidade aumentou, acredite!!!
ooow vivs.
isso é falta de verao.
deixa de conversa fiada.
e vem pra cá!
(...) Acabaram as risadas sinceras de virar o rosto pra trás, numa alegria sem tamanho(...)
Como isso me faz falta. E como a falta disso me dói. Adorei o texto Veca!!
As vezes eu acho que vc se transveste de Evita, de Dercy, de Elis, de Piaf, de Maria Bonita.
É uma apriopriação de identidade apropriada. Um legado de referências e exemplos.
A "auto-rebelião" no Rio Vermelho é o inferno dos que se mascaram e adotam a boemia como colete à prova do senso comum.
Isso não é de todo ruim. Ao menos percebe-se que há uma insatisfação...
Mas você...você não é assim.
Eu ainda acho que você deveria demostrar mais o jardim que tem por trás da muralha de isopor.
poesias de saudades tem me tocado especialmente nesses últimos tempos.
mto bom te ler, como sempre, apesar do aperto que essas coisas tem me dado no coração.
Postar um comentário