terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Vacaciones

Por Viveca Santana

As trilhas são muitas, os espaços vazios foram preenchidos e as experiências das melhores.
O ócio realmente pode ser um dos momentos mais criativos para um ser humano - mesmo que seja imposto, causado, decidido pelas leis da rotina.
Momento perfeito para ouvir de Pretenders a Billie Holliday, tomar cerveja numa tarde de sol, de bons livros lidos, de fuçar um sebo no centro da cidade, beijar os melhores amigos, os amigos, fazer mais amigos, sentir. E como sentir é bom... até a brisa da praia fica diferente: com cheiro e gosto doce. As cores são outras e às vezes com o turbilhão do dia-a-dia, a gente nem pára para percebê-las.
A liberdade é boa e imprescindível, só que na maioria das vezes a gente nem sabe.
Trilha dedicada às férias:

"Dancing with myself"- Billy Idol
"Cheek to cheek" - Ella Fitzgerald e L. Amstrong
"Don´t get me wrong" - The Pretenders
"Hey Joe" - Jimi Hendrix
"Kashmir" - Led Zeppelin
"Is this it" - Strokes
"I am mine" - Pearl Jam
"Don´t explain" - Billie Holliday
"Shiver" - Coldplay

Clip legal visto no período ocioso: "Cellphone´s dead" do Beck
http://www.youtube.com/watch?v=pPNuQT9bx_M

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Precisa-se

Procuro companhia animada, moderna, disponível, que curta Coldplay, para me acompanhar ao show em Fevereiro.
Prometo ser simpática, me comportar, não falar alto, beber pouca cerveja e não sumir no show também.
Propostas favor entrar em contato.
Shows do Coldplay: 26,27,28 de fevereiro na Via Funchal SP

https://viafunchal.showare.ch/General/ShoWareFrontEndPortalHome.aspx

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Sensação do verão

E dizem as línguas baianas que Ben Harper vai baixar em Salvador.
Vigarice ou verdade? Será que o Axé vai deixar isso acontecer? Ou teremos uma versão de Ensaio de verão anunciado como Harper + Asa ou Ben e Babado, com direito a camisa?
Façam suas apostas.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Paleolítico.

Fase tensa - velhice, manias, lembranças, esquisitices, ligações na data errada, a teimosia do parabéns e o pior, as rugas. Já posso usar os avanços em cosméticos para este fim.
O melhor de tudo é que às vezes esqueço da minha idade.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Doce, dessa vez

por Viveca Santana
A sensibilidade é algo que se adquire com o tempo e com coisinhas bem simples– das lembranças boas, das brigas sem motivo, do abraço de uma amigo, do começo ao “tudo de novo”. Nem vou dizer que sou romântica, e apaixonada por qualquer coisa, porque sou do tipo que enjoa até do próprio perfume ou de repetições que a rotina teima em trazer.
Hoje me veio as lembranças da falta de carisma, singeleza, simpatia, mesmo – sou meio rude com as pessoas, meus amigos que o digam. Lembrei de alguns casos de pessoas que são meio avessas às pessoas e tem momentos que penso se não sou assim. Comecei a escrever isso ouvindo uma música linda, que indico para quem gosta de qualquer coisa, até do mórbido Axé Music – a nova do Pearl Jam, chamada Parachutes.
A sensação que eu tenho toda vez que escuto é que estou num balanço de uma parquinho, com o vento batendo bem forte e sem nada que me preocupe para pensar. E não tem momento melhor que esse. A trilha perfeita (aliás qualquer coisa triste, simples, afetiva e bonita, cantada por Eddie Vedder têm seu valor). Acho que as músicas bonitas que tenho lembrança já partiram da voz dele– aí eu me pergunto se sou mesmo difícil como penso ou se a facilidade vem das pequenas coisas e da maneira como vemos elas todos os dias. Ou se uma música pode reatar todas elas de uma só vez.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Cobiça e culpa


Daft Punk e Yeah Yeah Yeahs em São Paulo e Rio de Janeiro. Salvador fica neste final de semana com "a originalidade sem igual" da banda de Axé com nome de adereço de confecção.
Hoje sem comentários.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Canja gaúcha

Por Viveca Santana
Destaque para os novos representantes do bom rock, que têm aparecido no programa Banda Antes da MTV.
Ontem prazerosamente, numa noite pós-eleições, descobri o delicioso Canja Rave, banda de Porto Alegre, mix calórico de guitarra, voz e bateria.
Tá bom. De primeira dá até achar que é um cover do White Stripes - só visualmente - tem dois integrantes que dividem a guitarra (Christian Kochenborger) e a bateria, leia-se muito bem tocada por Paula Nozzari, dona de uma voz adorável.
Deu para perceber a forte influência de Stripes, Franz, Racouteurs e das músicas melódico-fofas-adoráveis dos Beatles e de como seria bom ver uma banda assim tocando nas rádios (ouça "Chega!" e "Filme do Elvis", tocadas no programa e que já já saem no MTV Overdrive ou no bem acessado You Yube).
Bom e novo. Dá até para curar gripe.

Blog do Canja Rave: http://www.canjarave.blogspot.com/

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Valor do voto: R$ 7,10

Folha de SP - 19/09/2006
Gustavo Ioschpe
O MAIS DESALENTADOR dessa campanha é que somos tratados como idiotas, e nós damos razão a eles, votando nos que nos desprezam.
Dia desses assisti ao horário eleitoral e lá havia um candidato a deputado estadual de SP chamado Papai Noel, que aparecia no vídeo vestido de Papai Noel. Como diria o saudoso Bussunda, fala sério! Nas campanhas majoritárias também impera o escárnio. Para o governo do Estado, nos deparamos agora com uma sordidez típica da quadrilha que tomou esse país de assalto: o PT pagou quase R$ 2 milhões para comprar um dossiê vagabundo de um vendedor que é corrupto confesso para incriminar José Serra, líder nas pesquisas. É mais uma reputação que se tenta enlamear. A PF agora declara que vai investigar o próprio Serra por ter aparecido em fotos entregando ambulâncias quando era ministro da Saúde.
Ato contínuo, a CPI dos Sanguessugas vai investigar sua gestão no ministério. Tudo isso, coincidentemente, em véspera de eleição. Fala sério! O que precisa ser investigado é de onde saiu esse dinheiro. Veio do cofre do PT? Ou quem sabe mais uma vez temos recursos de estatais sendo usados para comprar resultados políticos? Mas o maior show de horror coube ao presidente Lula em sua entrevista publicada ontem. Nela só faltou o presidente expor quanto ele acha que custa cada voto, por classe social. Lula disse: "A única frustração que eu tenho [nota minha: a única?!? Com tanta podridão?!] é que os ricos não estejam votando [sic] em mim. Porque eles ganharam dinheiro como ninguém no meu governo". Ué, mas não era esse um governo popular? E quer dizer também que o voto se explica apenas por quanto dinheiro cada grupo recebeu? Sim, é isso mesmo. Mais à frente, o mandatário inclusive especifica quanto custa o voto dos pobres: R$ 7,10. Lula com a palavra: "Uma dona de casa paga R$ 5,90 pelo arroz Tio João e em 2003 ela pagava R$ 13. Vai falar de mim para essa mulher..."
Por R$ 7,10 de diferença no preço do arroz, Lula acredita estar blindado com "essa mulher", tendo então licença para pintar e bordar. Sintomaticamente, na mesma página em que essa declaração de morte à democracia é proferida, "nosso guia" aparece em foto pedindo voto para... Jader Barbalho!
Completou o destampatório com chave de ouro ao negar ter desejo de fechar o Congresso: "Mas o Congresso já está fechado. Ele não funciona, ele se autofecha [sic]." Ora, se não funciona e "se autofecha" ou, quando funciona, se dá tanto trabalho pagar mensalidade para tanto deputado o corolário óbvio é que seria um favor à pátria que esse sumidouro de recursos e vergonha nacional fosse fechado, não é?
Desde que o preço do arroz continue baixo, o presidente tem convicção de que as donas de casa do Brasil o apoiariam. Se pelo menos os malditos ricos parassem de comer risoto e se rendessem ao arroz...


GUSTAVO IOSCHPE é mestre em desenvolvimento econômico pela Universidade Yale (EUA)

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Mentira gratuita



Por Viveca Santana
O assunto do momento é a Política e a vergonha que muitos brasileiros têm hoje, em dizer que não tem um candidato para eleger em Outubro.
Outro dia vi uma campanha que a MTV está divulgando, que trata disso e um comentário no Jornal Folha de SP sobre a liberdade de expressão neste aspecto. A descrença é generalizada - há candidatos que lembram personagens de um circo, com idéias mirabolantes e atuações patéticas. E a liberdade parece que já era - que diga o Alexandre Garcia, demitido* por opinar e expor suas idéias, também de graça, na TV em um Jornal típico do café da manhã dos ditos formadores de opinião.
O que se ouve no horário gratuito são promessas que infelizmente a maioria dos brasileiros nem acreditam mais e são obrigados a escutar - indico aos leitores do blog a assistirem à programação eleitoral sem áudio, atentando para o lettering e para a atuação dos candidatos: o texto é o mesmo sempre. As promessas inconsistentes e esdrúxulas. A vontade de enganar é igual a da eleição anterior. E acreditam que os eleitores são bobos, palhaços do circo de lona verde e amarela que perdem a memória de 4 em 4 anos.

Indico: http://www.youtube.com/watch?v=Sa4UfYbH194

* É a informação que rola na net. Quem souber novidades sobre o caso, comments por favor.

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Convescotes

Lista de showzinhos programados para este ano:

Art Brut (Motomix Art Music, SP – 16/09)
Beastie Boys (TIM Festival, 26 a 29/10)
Clap Your Hands Say Yeah * (TIM Festival, 26 a 29/10)
Cardigans (Campari Rock: SP – 06/09; Florianópolis - 08/09; BH – 09/09)
CocoRosie (The Week, São Paulo, 30/08 e 31/08*; No Ar Coquetel Molotov, Recife, dia 01/09; Circo Voador, Rio, 02/09)
Daft Punk (TIM Festival, 26 a 29/10)
Devendra Banhart (TIM Festival, 26 a 29/10)
Franz Ferdinand (Fundição Progresso, Rio – 14/09; Motomix Art Music, SP – 16/09)
Gang Of Four (Campari Rock: SP – 06/09; Florianópolis - 08/09; BH – 09/09)
Gogol Bordello* (TIM Festival, 26 a 29/10)
Goldfrapp* (TIM Festival, 26 a 29/10)
Ladytron (Nokia Trends, 1/9, DJ set, D-Edge, São Paulo)
New Order (Brasília 04/11; Estádio Mineirão, BH - 11/11; Via Funchal, SP – 13 e 14/11; Armazém, Rio – 16/11)
NOFX (Claro Hall, RJ, 29/9; Espaço Barigui, Curitiba, 30/09; Credicard Hall, SP, 1/10; e Pepsi Stage, Porto Alegre, 3/10)
Patti Smith (TIM Festival, 26 a 29/10)
Peter Hook, do New Order, DJ set (Motomix Art Music, SP – 16/09)
Radio 4 (Motomix Art Music, SP – 16/09)
Rubin Steiner (No Ar Coquetel Molotov, Recife, dia 2/9)
Robbie Williams (Estádio do Flamengo, Rio – 18/10)
Spleen (abertura CocoRosie, The Week, SP, 30/08; No Ar Coquetel Molotov, Recife)
The Ataris (Credicard Hall, SP, 08/09; Claro Hall, Rio, 09/09; Espaço Callas, Curitiba, 10/09; Bar Opiniao, POA, 12/09)
Tortoise(Circo Voador, Rio - 01/09; No Ar Coquetel Molotov, Recife - 02/09; Sesc Santana, SP - 05 e 06/09)
Underworld (clube Indústria, SP - 14/11; Creamfields, Rio 18/11)
Yeah Yeah Yeahs (TIM Festival, 26 a 29/10)

(*) Não confirmado

Fonte: http://lucioribeiro.blig.ig.com.br/ (que indico: é muito bom)

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

O pão e o Circo

Engraçado como em época de eleições os candidatos ficam loucos para apertar uma mão.
Todos muito sorridentes, afáveis e amigos do povo. E o mais engraçado é que o povo acredita. E vota.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Revista argentina de humor critica "correção política" na AL

Na entrada da revista satírica Barcelona você dá de cara com um teste de múltipla escolha. Ali, uma pergunta: "Como você acha que que vai terminar o conflito no Oriente Médio?".Entre as alternativas: "Israel ganhará e obrigará o mundo inteiro a comer matzá por toda a vida"; "O Hizbollah vai ganhar e decidirá que a Terra Santa se espalhará até a Argentina, onde colocarão Menem de volta na Presidência", ou, ainda, "todo o Oriente Médio será destruído pelos Estados Unidos".Assuntos políticos explosivos, temas religiosos ultra-delicados, um sem-número de costumes da sociedade argentina e os maus hábitos e cacoetes da imprensa local são os temas pelos quais deitam e rolam (de rir) os jornalistas que fazem esse periódico quinzenal, independente e que vende cerca de 13.500 exemplares por edição desde a sua fundação, em 2003.
Há quem acuse a revista de fazer uso oportunista do politicamente incorreto para causar sensação numa sociedade que hoje é conservadora no que diz respeito à imprensa. O diretor da publicação se defende: "A incorreção política não nos interessa, pois trata-se de provocação gratuita. Gostamos, sim, de fazer o que politicamente nos parece, justamente, que é correto. O que se conhece por "correção política" mesmo, na maioria dos casos, me parece uma imbecilidade", disse Pablo Marchetti à Folha.
Seu título evoca a cidade dos sonhos de muitos imigrantes que fogem das ciclotímicas crises argentinas e sonham com o glamour e os empregos de uma cidade cosmopolita em que podem se virar e sobreviver sem ter de aprender uma outra língua. Já o subtítulo, "una solución europea para los problemas de los argentinos" reforça o não menos ridículo --ainda que pensado para ser sério-- subtítulo do jornal "Clarín", "un toque de atención para la solución argentina de los problemas argentinos".
Na edição de nº 87, que se encontra agora nas bancas, está uma notícia sobre Kirchner negando que pretenda adotar mais políticas nacionalizantes.
A ilustração? Uma fotomontagem de manifestação na extinta União Soviética com a multidão carregando placas de Marx, Lênin e... do próprio Kirchner. Em outra edição recente, a publicação questionou o "mito" que se criou do futebol argentino como uma potência, colocando em dúvida os dois mundiais conquistados pela seleção (um teria sido "roubado", com uma mãozinha dos militares, o outro, com o gol de mão de Diego Maradona).
Da política do governo com relação aos imigrantes ("seria legalizado o porte de escravos bolivianos para consumo pessoal") à ambição dos argentinos em "emplacar" um papa nacional ("Bergoglio [o papável deles]: "é muito difícil competir com um nazista alemão'"), poucos assuntos nacionais e internacionais relevantes ficam de fora da pauta da revista.Para mascote da Copa da África do Sul, em 2010, sugeriram o mascote "Esclavito", um menino negro com um osso na cabeça e grilhões nos pés. Mas a idéia, dizem eles, é apenas satirizar a histeria coletiva em torno dos mundiais e o que eles representam como grandes negócios publicitários.As provocações fizeram a "Barcelona" multiplicar seus meios de ação.
Além de participarem de programas de TV e rádio, os jornalistas acabam de lançar "Puto El Que Lee - Diccionário Argentino de Insultos, Injúrias e Impropérios" (ed. Barcelona, 2006). Marchetti justifica a publicação contando que muitos dos termos que os argentinos usam no dia-a-dia não estão escritos em lugar nenhum. "Nesse sentido, o dicionário serve também como um trabalho lingüístico que dá conta da maneira como falamos neste determinado momento da história argentina."
Folha de SP - 31/07/2006
www.revistabarcelona.com.ar
*Política também é diversão, que digam os Sanguessugas.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Um Cabernet Sauvignon, por favor.


Por Viveca Santana

Hoje não vou escrever sobre rock. Tenho sido bem déspota, falado apenas de coisas que eu gosto, que eu ouço, que gostaria que todos tivessem a oportunidade de conhecer - admito.
Terei o meu dia de menina chic, clássica, caracterizada de bolsinha Louis Vuitton a tiracolo e scarpin - afinal todos temos um segredo escondido e ainda não consegui ser democrática, me perdoem.
Aos apaixonados por filmes antigos que são o retrato do romantismo que já não vemos faz tempo, do tempo em que se ía ao cinema de mãos dadas com o namoradinho comportado e das vozes lindas, das divas inalcansáveis do Jazz, e dos discos de Vinil, apresento-lhes a minha paixão, Nina Simone.
Claro que alguns já conhecem essa senhora, talvez em audições obrigatórias de algum pai, que no Domingo obrigou toda a família a ouvir todos os discos empoeirados que tinha em casa, da Nina, do Ray Coniff e sua orquestra ("parararará..."), do Roberto Carlos e do Raul ( ou por ter uma gosto legal, saudosista mesmo).
Nina é uma das cantoras mais representativas do Soul e do Folk americano - alguns acreditam que seja até uma das divas nascidas em solo alagado de New Orleans mas, hã-hã, a dona é da Carolina do Norte um dos berços Jazzistas (ops, ela odiava que a considerassem uma cantora de Jazz, achava coisa de branco - a dona era ativista das boas).
Para os que amam solos de piano é um prato cheio e gostoso de ouvir tomando um bom vinho. Tá. na primeira vez que você ouvir pode até pensar que trata-se de uma cantora Gospel/Mórmon pela sua voz forte, intensa e extremada mas, com certeza após ouvir " My baby just cares for me" e "I put spell on you" ( que inspirou até o "tralalá" lindo dos Beatles em "Michelle"), ou uma das suas interpretações de baladas francesas, muda de idéia ( se você tiver 10% de romantismo, pelo menos, correndo nas veias).
Há até quem tente dar uma imitada atualmente, tocando piano e cantando - bem difícil comparar.
Dedico:
- Don't Smoke In Bed (aos fumantes)
- I Put a Spell on You (às possessivas)
- Just Like A Woman (às emotivas mulheres)
- Lilac Wine (aos enólogos)
- Mississippi Goddam (aos ativistas)
- My Baby Just Cares for Me (aos que não sabem dançar, mas tentam)
- Ne Me Quitte Pas (às Anitas e ninfetas)
- I Love To Love ( aos iludidos)
- My way (aos esperançosos)

sexta-feira, 16 de junho de 2006

"Franz Ferdinand é escalado para 4ª edição do Motomix"



Folha de SP - 15/06/2006
LÚCIO RIBEIRO
Colaboração para a Folha de S.Paulo
"Agora é "para valer". Cerca de sete meses depois de vir ao Brasil na carona da turnê do U2, a badalada banda escocesa Franz Ferdinand volta a São Paulo em setembro para uma apresentação "de verdade". O grupo do dândi Alex Kapranos é a principal atração do Motomix Art Music 2006, festival multimídia bancado pela empresa de celulares Motorola.
O "para valer" e "de verdade" são aspas vindas da banda.
O show do Franz Ferdinand está marcado para acontecer no dia 16 de setembro, no Espaço das Américas, local que contará com dois palcos para as apresentações do Motomix. A vinda do FF ao Brasil ainda não foi divulgada oficialmente pela organização do evento.A banda ainda deve fazer um concerto no Rio de Janeiro, em lugar ainda a ser definido (Claro Hall ou Fundição Progresso), fora do Motomix. O Rio, assim, receberia o segundo show solo do Franz Ferdinand no ano.
Em fevereiro, o quarteto britânico que faz rock para dançar veio pela primeira vez ao Brasil como convidado de Bono para abrir as duas apresentações do U2 no Morumbi. Kapranos e amigos de banda fizeram shows de pouco mais de meia hora, com som baixo e para uma platéia quase totalmente desinteressada neles, com foco total na atração principal de 30 anos de estrada, não em uma banda indie de três.
Na mesma viagem, o FF aproveitou uma brecha na agenda e conseguiu fazer um show solo no Circo Voador, no Rio de Janeiro, agora sim para uma platéia ganha e com som bom. Tocaram por uma hora e meia.
O Motomix, festival que sempre teve uma tendência mais eletrônica, deve anunciar pelo menos mais uma banda de rock para a edição deste ano, que acontece de 13 a 16 de setembro.O roqueiro Peter Hook, do New Order, no papel de DJ, é uma das atrações do Motomix. A cantora norueguesa Annie, o DJ e produtor Andrew Weatherall (conhecido pelos trabalhos com o Primal Scream), o duo americano Adult e os alemães do Isolée também estão escalados."
* Lúcio Ribeiro é um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro de cultura pop, é colunista da do Jornal Folha de S. Paulo e é um dos ídolos para quem tenta ou escreve sobre música.

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Suspensório

Por Viveca Santana

Apesar de não estar escrevendo há alguns dias e esta nota não ser um texto de verdade, indico um drops para os visitantes assíduos, fanáticos por música de qualidade - visitem o site do Franz Ferdinand (http://www.franzferdinand.co.uk), ouçam o novo cd "You could have it so much better" e busquem o clip "The fallen" e "Do You Want To ".
Para os que ainda estão perdidos no limbo, que nunca ouviram falar da banda ou acham que Franz Ferdinand é o nome de algum estilista novo (até souberam que haveria uma banda estranha abrindo o show do U2, mas nem sabiam de que se tratava), indico que ouçam apenas "Jacqueline"do primeiro cd, o pretinho. Se não der certo, ouça o cd todo assistindo o filme "Embalos de sábado a noite", com o pé de valsa John Travolta - trilha legal para tranqueira ultrapassada, ótima tentativa de salvar o filme e relembrar o pós punk dos anos 80 e a fase new wave.
Posso garantir que está na moda, diverte e vale a pena. Dá até vontade de usar suspensório e dançar estalando os dedos, bem estilo poser.

sábado, 15 de abril de 2006

O ócio não-criativo

Por Viveca Santana

Ah! os feriados... sempre com consequências arrasadoras para os que não viajam e não têm absolutamente nada para fazer. Há quem tente ensaiar a leitura daquele livro guardado faz um bom tempo e que descaradamente está lá nos “Preferidos” do Orkut, como um dos queridos e amados. Ou aquele que tenta ter o seu dia de faxineira e planeja arrumar o quarto em escombros. Ou os saudáveis que acordam bem cedo, com toda a parafernália de praia, a família e mais o cachorro, felicissímo em poder enterrar o focinho na areia.
Como sempre, acabei acordando muito tarde, ainda com aquele gosto de sono nos lábios (procurando um motivo para levantar), com uma xícara imensa de café amargo, visão ainda embaçada, indo em direção do computador com o desejo de escrever algo interessante.
Obviamente passei pelas etapas básicas: olhar o Orkut, o e-mail e as conversas frívolas do msn (acabaram com as necessidades sensitivas) - para os que não foram lembrados e carentes, resta o desolamento e a corrida por enviar scraps para alguém responder.
Estas situações tediosas servem pelo menos para pensar nas coisas mínimas que deu pra esquecer no cotidiano, no que você não vai fazer nunca mesmo, ou para acabar com seu dia, lembrar de todas as frustrações que se tem. Descobri neste último que tenho algumas, bem simplórias, tipo vontade de aprender a tocar guitarra de verdade ou aprender a dirigir sem matar ninguém ou trangredir alguma lei (também tem a lista de livros que comecei a fazer, na intenção de um dia ler, algumas coisas novas que ouvi, e que depois eu postarei aqui ).

Pausa.

Nada na TV. Descobri que nem penteei o cabelo... realmente a melhor opção é escurecer o quarto e voltar a dormir.

domingo, 26 de março de 2006

A cura para os casmurros

por Viveca Santana



As coisas realmente são simples. Pelo menos quando a gente quer. Ultimamente tenho estado excessivamente de mau humor – há quem diga que sempre fui assim, que nasci assim ou que durmo e acordo do mesmo jeito. Um caso refinado de grosseria grotesca que só passa com música. E aí vieram as terapias sugeridas – dormir melhor, meditar (blergh !), tentar ser mais simpática com o próximo (essa é “ótima”), ler e a melhor de todas – ouvir música boa.
Ando tão sem saco que fiquei com vontade de comentar sobre coisa velha (nem tanto, já que tem só uns dois anos de lançado).
A verdade é que a cura pra esse mal humor todo (pelo menos por instantes) é ouvir o “novo” X&Y do Coldplay. Tenho escutado tanto, que tem gente que nem me suporta mais - consegui transmitir um pouco do meu mau humor para a humanidade e isso é motivador.
Alguns já devem conhecer através das rádios “Speed of Sound”, a música que causa o ímpeto de sair correndo de alegria (como o Gene Kelly chutando poças de água, todo contente , em “I singin’ in the Rain”), “Fix you”, “Swallowed in the sea” e “Talk” que tem um clip novo rolando nas tv´s e alguns remixes na internet muito bons.
A música do Coldplay parece não retroceder em qualidade nunca, vai melhorando com o tempo – cria um universo estranho e não contente, emociona (dá pra lembrar da morte do cachorro que a gente gosta até hoje, da chatice do dia-a-dia, da pilha de pratos que você vai lavar daqui a pouco ou do amor que você ama e não está nem aí para você – a famosa confusão de emoções).
O cd tem 12 canções lindas, longas e poéticas (até para os durões mau humorados) – li em algum lugar que foi o resultado de uma viagem do cantor-ativista Chris Martin à Africa apoiando causas sociais (tão simpático quanto o Bono “Nobel da Paz” Vox) e a 18 meses de trabalho árduo da banda, com gravações em vários estúdios do mundo.
A turnê continua rolando mas, pelos boatos de internet, não vai ter show da banda no Brasil tão cedo (previu-se apresentações em Abril em Sâo Paulo só que as negociações pararam por conta da gravidez da esposa de Martin, a ex Brad Pitt).
Aos sorumbáticos e aos bem humorados amantes de Coldplay só resta esperar pacientemente.

quinta-feira, 16 de março de 2006

Uma "quase" nota fúnebre

Em virtude dos acontecimentos festivos, da falta de criatividade e cansaço pessoal, dei uma parada para pensar sobre os próximos textos. Voltarei assim que estiver recuperada.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

"Uno dos tres catorce"



por Viveca Santana

Semana difícil. Difícil descrever como pode ser triste assistir U2 e Rolling Stones na mesma semana, pela TV. Um horror. Mais ainda quando se está longe, sabendo que poderia estar lá também e pelos motivos óbvios da vida, existirem as tais obrigações mundanas –as coisas da rotina chata.
Não sei se tenho cacife pra comentar qualquer coisa, mas tentarei ser sensata afirmando que foram inegavelmente os dois acontecimentos do ano. Graças ao delay (uma mentirinha inventada pelas emissoras), os espectadores puderam ser enganados acreditando que todos o takes dos shows eram em tempo real, como se estivéssemos assistindo de camarote - U2 e Rolling Stones, depois do Big Brother e super simpáticos oferecendo um descanso de 1 minuto, nos doces momentos de intervalo da margarina, da cerveja da Ivete Sangalo, do banco e do cartão de crédito.
Muito mais legal ainda é ver os artistas brasileiros nos programas estilo paparazzi querendo aparecer mais do que as bandas, a pseudo mãe-de-filho-do roqueiro fazendo a mis en scène de primeira dama e as brigas por vagas nos camarotes e áreas vips - show grande no Brasil se torna a melhor oportunidade de aparecer.
Agora vem um consolo ou quem sabe uma pontinha de esperança - ouvi falar que este ano, o Brasil vai servir de cenário para alguns shows de bandas que nem são tão conhecidas como o U2, nem tão antigas quanto os Rolling Stones, mas que não perdem em nada na classificação “legais”, “cool”, “muito bom” e “da moda” : Supergrass, Arctic Monkeys (que já falei aqui), Oasis, Jamiroquai (pra quem gosta), The Who, Interpol, Madonna (à la Dancin´days) e o dulcíssimo Coldplay , são as promessas. Campari Rock, Tim Festival e Claro que é Rock são os festivais de empresas “boazinhas e antenadas” que investem no rock e fazem a alegria de alguns amantes da boa música (de quebra realizam um bom merchand) – estes aí são ótimos para descobrir bandas estranhas que vão virar um sucesso – lembraram até da funkeira moderna M.I.A no ano passado (vencedora no critério estranha).
Tá. E como prometi, não vou falar mais nada. Nem do U2 e muito menos dos Rollings Stones. Não tenho o que falar – vi pela TV.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Torta de maçã


por Viveca Santana

Tenho escutado algumas coisas legais depois que perdi o preconceito de ouvir.
Na verdade, eu já conhecia a americaninha Fiona Apple em um dia longíncuo, zapeando com o controle remoto em alguns canais de música – pude ver um dos seus vídeos, Criminal, em que ela, magrinha e indefesa faz o tipo “sou bem vagabunda quando posso ser” (esse dirigido por Mark Romanek, um dos tais da comunidade cool rock n´roll).
É fácil curtir a cantora com o seu estilo bacana/sacana que faz música já que é bem entendida na coisa (a figura toca piano clássico desde seus 8 anos, dizem).
Fionna Apple aparentou ser um daqueles casos de fama explosiva, "cantora do momento", " nova diva da música" e outros títulos que a indústria fonográfica cria, como foi a Alanis Morissette e a Norah Jones (ganharam Grammy, ficaram ricas, apararam as pontas dos cabelos e que cultivaram um público feliz com sua obra - aqueles fãs que num show são capazes de chorar e exibir um cartaz cor de rosa, bem sem-vergonha – apesar da Norah Jones fazer o tipo fina, educada e com admiradores – fãs nunca! e ter uma voz muito boa, eu admito) .
Os críticos de vez em quando acertam e por total curiosidade, eu voltei a ouvir a Fiona Apple depois de uns 4 anos. Com 3 cd´s lançados por aí , o último “Extraordinary Machine” é considerado uma das melhores coisas para se ouvir ultimamente. “Tidal”, o primeiro, diferente, melancólico e doce (a própria Apple fez os arranjos de piano), não chega aos pés do atual, uma mistura de jazz-com-rock-e-com-blues; o cd todo daria uma ótima trilha para filmes antigos em p&b, ou para se dirigir na chuva, quem sabe (e tem que ser pra bem longe, já que o cd tem faixas longas e densas, me lembram até a delícia que é ouvir qualquer coisa da Billie Holliday ou da Nina Simone) ...
O som é diferente, introspectivo, há solos de piano e cello belíssimos e acaba sendo um boa pedida para curar a dor de cotovelo – a opção é comprar o cd e se não houver jeito de gostar, você pode oferecer para aquela namorada que está louca pra discutir a relação.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Macacos, rock e algumas baboseiras



por Viveca Santana


Sabe aquela música que você ouve uma vez e não gosta, ouve duas e pára pra escutar melhor e na terceira se ouvir, já está por aí dançando?
Então, tente ouvir algo do Arctic Monkeys.
Talvez os fanáticos por Britpop confundam com o estilo urbano do The Libertines ou simplesmente acreditem ser mais uma opção do neo rock (leia-se Strokes, The Yeah Yeah Yeahs, Franz Ferdinand, Arcade Fire...), mas não é. Ou se é, podemos pensar no novo estilo que se criou – mais baterias, guitarras, zero de firulas e muita atitude (vá lá, pode ate ser). E que bom que o rock está mudando.
Obviamente o Arctic Monkeys virou febre em Londres, logo no lançamento do seu primeiro single, o "I Bet You Look Good on the Dancefloor" - seu cd de estréia “Whatever you Sam i am, that´s what i´m not”, lançado no último dia 30, já é um dos mais vendidos na Europa, quase batendo bandas da moda, como o Oasis com o seu de última, “Definetely maybe”.
Alguns críticos já dizem que trata-se de um embuste da mídia, algo como uma cria de laboratório movida a Marketing para vender cds (o Arctic vendeu 120 mil cópias em 24 horas graças à divulgação de faixas na internet, de graça) ou ainda, que se comparam aos históricos Beatles no critério histeria.
A banda composta por quatro adolescentes de Sheffield que fazem o estilo roqueiros style/decadentes – a característica que ultimamente mais tem atraído fãs – foi formada em 2003 e hoje é contratada da Domino, gravadora do inovador Franz Ferdinand.
As faixas do primeiro cd são bem simples (13), mas com um ritmo provocador e denso – há quem ouça e acredite estar envolvido numa session e em meio a todos os ruídos audíveis de uma banda (também pode ser o tipo de trilha perfeita para inventar coreografias ridículas e divertidas ou cantar gritando – apostas nas faixas Cigarrete Smoke e Mardy Bum, maravilhosas).
E para os que não foram infectados pela fenômeno da net, só resta indicar o caminho das pedras – tentem baixar qualquer uma e depois das três etapas me contem se dançaram, se odiaram ou se pensam em escutar um pouco mais.